sexta-feira, 20 de agosto de 2010

ESTETICA DO OPRIMIDO - Sinestesia do poema



LAMA DA VIDA
Estância, 15 de abril de 2010
Caindo a chuva
Mais uma vez bate o desespero daquele que sofre,
Que mora, que morre
Nas entranhas da terra fria;
Barraco desaba,
Criança que chora
E a chuva que chove,
Que mata
E que busca na fúria da noite
Derruba e destrói.

O homem que vê
Que senti
Que tudo que tinha se foi
Na enxurrada de lama
E promessas feitas por outros que seguros estão
Nos seus castelos de sangue e suor dos oprimidos.
O homem que vai buscar na esperança a força que tem,
Prá depois construir os seus castelos de sonhos.

A chuva que cai
O homem que vai,
Vai olhando um futuro incerto talvez,
O homem que vai
Que luta que cai...
...desistir jamais!
A chuva que cai,
Cai...
      Cai...
 Cai...

AUTOR: SANTISTA


Por: Tarcisio Ramos



Caravana Cultural TO nos Bairros - CIDADE NOVA






Dia 12 de Agosto de 2010
Local: Bairro Cidade Nova
Numero de pessoas na platéia: Em torno de 100 pessoas


Bairro Walter Cardo costa, popularmente conhecido como Cidade nova, por conta da sua extensão os moradores queriam criar uma nova cidade, no entanto foi firmado como extensão da cidade de estância, bairro Walter Cardoso costa. O grupo de teatro nova imagem, criado e residente deste bairro vem alavancando uma discussão do preconceito social com a peça “Correndo Atrás do Futuro” com os outros bairros periféricos atingidos desse mesmo mal. Realizamos a quarta apresentação a qual se deu na cidade nova, vimos uma platéia recheada de idéias e indignações diante a apresentação da sua historia cotidiana. Riram de situações engraçadas e se emocionaram quando a mãe cantou no final para o filho que no momento de luta por espaço na sociedade em não ser descriminação buscava forças. A platéia com cerca de 100 pessoas, ofereceu e desfrutou em discussão suas próprias quatro alternativas. Tivemos alternativas que mobilizava a direção e professora da escola, outra intervenção mobilizando os alunos da classe fortaleceu um grupo maior para o oprimido se manter com força na escola, outra intervenção em uma luta direta com a opressora mostrando-lhe os aspectos positivos do seu bairro. Certamente não levamos soluções, mas um momento de prazer em refletir, reconhecer, agir e avaliar como poderíamos usar as alternativas no dia a dia.


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Caravana Cultural TO nos Bairros – PORTO DA AREIA


Dia 05 de Agosto de 2010
Local: Bairro Porto da Areia
Numero de pessoas na platéia: de 50 a 60

O bairro porto da areia é importante marco na historia de Estância e de Sergipe, pois lá era onde ancorava grandes barcos transportando alimentos, era lá onde tinha um grande mercado onde hoje se ver as ruínas históricas, um lugar rico em pesca e rico de pessoas que desenvolve a cultura de estância, pois foi lá onde o barco de fogo; o símbolo maior da cultura estanciana foi criado e é de la que saem as batucadas, os pisa pólvora que eleva a moral histórica e turística desta cidade. E nesse emaranhado de cultura e historia, passa o rio do preconceito lavando as calcadas dos moradores e lutadores dali, é lá que fisgam a honra de pessoas trabalhadoras, é onde os olhares preconcebentes inundam as casas afogando a auto-estima daqueles que tem em seu dia a dia a diária batalha de por o pão e o peixe na mesa para sua família... Durante a apresentação de teatro-fórum onde tivemos um grande numero de crianças intervindo na cena e dando a sua maneira de lidar com a opressão, vimos os adultos das calçadas dos visinhos, das janelas da suas casa levando a serio a seriedade das crianças diante duma situação que todos ali reconheciam, aquele final de tarde no porto da areia os adultos aprenderam muito com as crianças e adolescentes, aprenderam e até analisaram como possíveis para atuar em vida real, como em uma situação de preconceito social dentro da escola buscar a diretora e professora, ou como mostrar as qualidades do seu bairro, ou como convidar os colegas a visitar onde ele mora e vivenciar e não preconceber. No final peguei alguns depoimentos para o documentário e entre vários comentários um que me chamou a atenção foi de um senhor que falou, é muito bom é uma brincadeira que faz agente pensar em como agir no futuro nesse problema.

Por Tarcísio Ramos.

UMA CIDADE CHAMADA ROSÁRIO DO CATETE





Data: Dia 03 de Agosto de 2010
Local: Cidade de Rosário do Catete - Sergipe
Numero de pessoas na platéia: Em torno de 150 pessoas

Rosário do catete, uma cidade com pouco mais de nove mil habitantes a trinta minutos de Aracaju a capital de Sergipe, uma cidade pequena mas rica em recurso por conta dos poços de petróleo vindo do seu solo. A secretaria da Ação social, a senhora Acácia recém nomeada no cargo buscando uma nova imagem para a ação social desta secretaria chamou o grupo nova imagem para fazer uma apresentação e não só a apresentação, mas para formar um grupo de teatro do oprimido em seguida. Fizemos uma linda apresentação da peça Correndo atrás do futuro e em seguida uma discutição rica em idéias e jogo teatral, o publico presente que diante a magia do teatro eram convidados a entrar na mágica e dar o alacazan de suas idéias numa historia de preconceito social, fizeram-se protagonista de suas idéias, a platéia avaliava de que forma aquelas idéias poderia ajudá-los em vida real, tivemos cinco intervenções, mãe de família, psicóloga, professora, jornalista foi uma tarde alegre intensa e realmente com ação social dentro de um fórum teatral. Fomos recebidos muito bem e com um oficinão marcado para 16, 17 e 18 de agosto para adolescentes e crianças, começando assim uma relação para iniciar a formação de um grupo de teatro naquela cidade chamada Rosário do catete.






Por Tarcísio Ramos.

Caravana Cultural TO nos Bairros - SANTA CRUZ






Data: Dia 29 de julho de 2010
Local: Bairro Santa Cruz
Numero de pessoas na platéia: De 50 a 60

Apresentamos numa rua do bairro onde o preconceito social afeta o dia-a-dia dali, tivemos algumas intervenções, e a platéia reconhecendo aquela opressão ficaram seriamente sensíveis com aquela cena em sua frente e refletindo em como poderiam fazer para superar a generalização dos olhares e línguas alheias. Muitos deles não entraram em cena, mas falaram o que alterava a cada intervenção e o que eles achavam o que eles pensavam e mesmo não entrando em cena, mas cada um a partir de uma cena de teatro-fórum não sentem só a dor, tristeza, indignação e risadas, mas também pensam em como avançar a partir do que vêem, a partir da realidade em que vivem e que agora a assistem em cena, em espelho de vida - teatro! Tínhamos muitas crianças na platéia, a garotada que corre para ver a mágica do teatro em suas ruas, e acredito que com o marco de uma mágica teatral, a magia da arte e falando de algo que eles vivem sabendo ou sem saber, mas sentindo... ou sentiram, acho que as intervenções dos adultos, não seria melhor exemplo para as crianças como reflexo pro futuro tanto quanto a atitude de seu coleguinha ao lado em dar uma idéia.



Por Tarcísio Ramos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Pensamentos acerca das periferias, centros e a violência.


Estância, 09 de junho de 2010

Tenho feito um trabalho com um grupo de adolescestes de um bairro periférico da cidade de Estância-se, um bairro cuja historia vem de violência, prostituição e tráficos de drogas. Esse bairro tem um terço da população da cidade, por tanto uma massa decisiva em eleições. No grupo de teatro que criei a discução estética mais forte do grupo é uma peça de teatro-fórum: Correndo atrás do futuro, na qual a discução é sobre o preconceito social, como a idéia preconcebida em palavras e olhares sobre os moradores da cidade nova dificulta a sociabilidade em vários espaços sociais, profissionais e educativos da comunidade.
Então vejamos, analisando no sentido geográfico os centros sempre são periféricos a algum outro centro, no sentido financeiro também, é periférica aquela de menos movimentação capitalista, no sentido cultural também, no sentido artístico comercial também. Se todos nós somos periferias e centro de alguma coisa ou lugar, estamos na mesma luta contra ser marginal. Do meu ponto de vista pratico durante esses dois anos de trabalho com a peça correndo atrás do futuro vejo que essas situações é fruto da política atual centralista, onde o fazer está mais ligado ao mostrar do que transformar. Por exemplo: todo evento de manifestação artístico e cultural se da no centro da cidade, porque não realizar eventos em outros espaços, porque todos teem que ir até o centro para contemplar as atividades, os prédio, as pessoas bem sucedidas? É daí que começa a ser concretizado nos neurônios que o centro é mais importante, sim, com essa política ele si torna importante, porque o tornamos importantes, porque não dar importância as periferias, as pessoas da periferias, com atividades artísticas, culturais e econômicas. Tenho visto uma situação que me incomoda, existe uma política que centraliza suas atividades e verbas nos centros e quando realiza uma obra, atividade que na maioria das vezes mínima, grita aos ventos e ouvidos o heroísmo que estão fazendo para os menos favorecidos. É uma política que tira proveito dos seus defeitos e por esse anglo faz a massa se contentarem com pouco e desse jeito vai manipulando verbas, votos e vontades. Por outro lado essa classe excluída de direitos se revolta, pela ausência de dinheiros e uma educação familiar, ai alguns em situações estremas de nessecidades organicas vão roubar, porque também lá a escola não teem uma estrutura praserosa e as famílias se multiplicam sem recursos para sobreviver aumentando assim o numero de menos favorecidos. O roubar é fora da lei, mas não é fácil não ter o café, não ter um trabalho e quando com vigor busca o trabalho é descriminado por estar naquela periferia e você volta para casa e no meio do caminho você passa por um jovem filho do vereador, ou deputado em seu caro possante com a menina da sua rua bem provável que menor de idade, ela também sem dinheiro, buscando uma saída e fazendo do seu corpo sua arma de conquista de espaço, mas depois de um mês ela está abandonada, porque ele que veio do centro vai prostituindo elas que usam a única coisa que tem; e ele sucumbi a moral das pessoas com o seu poder. É certo que somos grandes e temos força de matar a formiga, mas, isso não nos dar o direito de tirar sua vida! Então como enfrentar essa opressão silenciosa e gritante ao mesmo tempo? Que ação social concreta e continuada nós podemos fazer? Para mim, teria que ter uma reformulação geral da idéia geográfica de criação de centralidades de poder, mas como começar essa reformulação geral? Como buscar esse entendimento ou outro diferente no povo oprimido nessas circunstâncias de preconceitos sociais? Eu ainda não sei, só sei que fazendo apresentações de teatro-fórum provocamos os espect-atores a retomar o seu poder, o poder de pensar de criar, de sonhar e, sobretudo agir diante do que se ver.
Por Tarcísio Ramos
Imagens da Estética do Oprimido

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Caravana Cultural TO nos Bairros - BONFIM


A primeira apresentação foi no dia 22 no bairro Bonfim as 17h, tivemos cerca de 60 a 70 pessoas da comunidade na platéia, foi uma tarde muito rica de arte e dialogo. a peça correndo atras do futuro que trata sobre o Preconceito social, tras um problema que a periferia passa e por tanto com um forum teatral a plateia intervio dando maneiras de enfrentar a opressão que eles vivem, como dizemos, ensaiando para a vida real atravez de um jogo, criativo e pensante. tivemos três intervenções incluindo uma de uma criança onde foi aplaudida pela atitude criativa. http://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=14076022557911363093&aid=1280524144

Projeto Caravana Cultural TO nos Bairros







O projeto caravana cultural TO nos Bairros, realizado pela prefeitura Municipal de Estância, está levando para quatro bairros da cidade de Estância a Peça de Teatro-forum "Corendo atras do futuro" do Grupo de teatro Nova imagem todas as Quintas e oficinas aos domingos, de 22 de Julho a 19 de agosto. http://www.estancia.se.gov.br/